Ronco - Ruído característico produzido durante o sono com origens nas vias aéreas (nariz, epiglote e laringe), devido à obstrução da passagem do ar. Além pertubar o sono do companheiro ou companheira de quarto, pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde, como por exemplo, a apnéia obstrutiva do sono.
Ritmo circadiano - As funções fisiológicas do corpo humano funcionam de forma rítmica com picos e quedas em determinados períodos de tempo. Quando ocorre em um dia é chamado de ritmo circadiano. Quando acontece em segundos, minutos ou horas é denominado ultradiano e acima de 28 horas de ritmos infradiano. Todos os seres vivos da Terra (animais e vegetais) apresentam ritmos biológicos ou circadiano.
No homem estes ritmos são mantidos por grupos de células localizados no cérebro - os centros do chamado relógio biológico. É um sistema sincronizado por sinais externos ao organismo e existentes no meio ambiente, como a variação entre luz-escuro, o relógio que nos mostra as horas do dia ou da noite e de nossos compromissos. Um bom exemplo de ritmo infradiano é o do ciclo menstrual, que ocorre de 28 a 30 dias. O ritmo ultradiano pode ser exemplificado pela sonolência - sentimos sono no meio do dia e à noite.
Já a temperatura corporal funciona em ritmo circadiano, já que aumenta durante o dia e atinge o máximo no final da tarde para logo depois do anoitecer, começar a diminuir, chegando ao mínimo de madrugada. Prosseguindo o ciclo, a temperatura volta a elevar-se pela manhã, repetindo todo o processo. O ritmo circadiano varia de pessoa para pessoa em horas diferentes do dia e da noite, tendo períodos de pico e de queda.
Quando ficamos acordados durante um longo período, a homeostase do sono/vigília informa-nos que o corpo precisa do sono e é hora de dormir. Este sistema auxiliá-nos também a nos manter dormindo durante toda noite para compensar as horas em que estaremos despertos, desenvolvendo nossas atividades diárias. É um processo restaurativo que regula nosso sincronismo dos períodos do sono e do estar alertas.
O ritmo circadiano é controlado por uma parte do cérebro que responde aos sinais claros e escuros. Do nervo ótico do olho, a luz viaja até a essa área específica do cérebro, sinalizando que é hora de acordar. O relógio biológico sinaliza a outras partes do cérebro que as funções do organismo, para viver um novo dia, precisam começar a agir. Assim, a temperatura do corpo se eleva e outros processos, que têm o papel de nos manter acordados, começam a funcionar. É o caso da retina, que ao receber a luz da manhã, passa esta informação à glândula pineal, que pára de produzir e de enviar a melatonina à corrente sanguínea. Este é um sinal para o organismo despertar, já que a melatonina é responsável pela indução ao sono e produzida à noite enquanto dormimos.
Quando acontece a quebra do ritmo circadiano, por exemplo, nas viagens em que o fuso horário se modifica, há um conflito nos padrões naturais do sono e o corpo leva um tempo para se adaptar à nova situação. Por isso muitas pessoas sentem mal, quando fazem viagens internacionais, o chamado “jet leg” . Este mal-estar pode também ocorrer na vida diária, quando o ritmo circadiano é interrompido por longas horas sem dormir e pela irregularidade nos horários de sono, por exemplo, no caso dos trabalhadores de turno.
REM - Rapid Eye Movement ou Movimento Rápido dos Olhos. É um dos dois estágios do sono pelos quais passamos (o outro é o sono NREM). No REM os olhos movem-se rapidamente e a atividade cerebral dos neurônios assemelha-se a de quando se está acordado. A primeira fase do sono REM ocorre de 70 a 90 minutos após a pessoa dormir e, geralmente, dura de 5 a 15 minutos. Em uma noite a pessoa passa por cerca de quatro ou cinco períodos de REM, sendo o tempo total entre 90 a 120 minutos em um adulto. No começo do sono são mais curtos, alongando-se no final da noite (ciclo do sono). Nesta fase, o sono é mais leve e ocorrem, geralmente, os sonhos mais “reais”.